IMPOSTOS EM SÃO PAULO

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Prezados colegas de jornada,ex-trabalhadores SHELL/Cyanamid/BASF


PROF.HELENO CORRÊA
Compartilho o orgulho dos ex-trabalhadores SHELL/Cyanamid/BASF e seu Sindicato dos Quimicos Unificados pela vitória em responsabilizar as companhias por crimes de expor deliberamente os trabalhadores aos agrotóxicos e produtos de incineração.
Como um dos eventuais assessores do grupo me orgulho de ter acompanhado a luta histórica pela justiça no trabalho.Um dos assessores deles faz hoje cinquenta anos (Sabino).
A altivez e alegria dos trabalhadores dessa assembléia da vitória, muitos deles entrando pelos sessenta anos, reflete a luta iniciada em 1997 por moradores das chácaras da beira do Rio Atibaia na região onde a fábrica se implantou como um tumor gerador de doenças. Cinquenta e oito trabalhadores do grupo inicial já morreram, muitos deles por tumores linfáticos, de tireóide, e hematopoiéticos. Os organoclorados, as dioxinas e furanos dos incineradores, os metais pesados e o asbesto cobraram seu preço. Na própria semana em que foi exarado o "acordo" no Tribunal Superior do Trabalho em Brasília morreu mais um, com 48 anos com causa básica determinada como Policitemia Vera. Não era fumante, nunca bebeu, e não pode ser acusado pela epidemiologia da reação de ser apenas mais um trabalhador alcoolatra colocando culpa nos produtos químicos do trabalho.
As empresas recuaram de exigir cancelamento das sentenças de primeira e de segunda instância por que sabiam que a terceira instância do TST as confirmaria. Isso abriria um precedente mundial de reconhecimento de que discutir nexo caso a caso antes de reparar danos é coisa de pensamento anticientífico a serviço do capital poluidor. O reconhecimento de que a descrição epidemiológica do coletivo é mais forte que as relações individuais seria definitivamente lavrado em sentença. Foi isso que as empresas evitaram aceitando um "acordo". Entregaram os anéis a baixo custo para não perder os dedos.
Para os trabalhadores é dinheiro modesto e plano de saúde em boa hora. Vai aliviar suas carências e medos da velhice insegura pelo desemprego a que foram lançados quando ninguém mais os contratava por que os empregadores e serviços médicos de empresa sabiam que tinham sido expostos. As listas de exclusão clandestinas circulavam seus nomes entre os empregadores de químicos de toda a região. Não conseguiram mais trabalhar no que tinham capacitação.
Para o SUS é um alerta. Ou põe a Saúde do Trabalhador aliada à Vigilância Epidemiológica em Saúde ou vai lidar com o dumping industrial e de serviços sem financiamento. A Saude do Trabalhador é e ainda será uma colcha de retalhos que ninguém desejará unir os pedaços enquanto os trabalhadores não chegarem ao poder compartilhado nas decisões das políticas de vigilâncias locais e regionais. Foi exatamente isso que fizeram na marra os ex-trabalhadores Shell, quer a burocracia do SUS reconhecesse ou não.
O CEREST Campinas e o Ministério Público do Trabalho da 15a Região abriram o caminho com atuação pública respeitável, responsável e competente. São exemplos para a ação pública dos serviços de Saúde do Trabalhador e da administração da Justiça. A Justiça do Trabalho teve também momento s de engrandecimento em Paulínia, com a Dra. Inez Targa, em Campinas com os Juízes do Tribunal Regional do Trabalho e também em Brasília no TST. É raro, talvez único, um desempenho que faz justiça de fato aos direitos dos trabalhadores.
A poluição pelo lucro continuará enquanto não houver PRECAUÇÃO e enquanto a prática da pesquisa for dominada pelo negacionismo da Epidemiologia da REAÇÃO.
Abraços, Heleno
16Abril2013.
Ler matéria : http://www.quimicosunificados.com.br/

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"A EXPERIÊNCIA COMO PRÁTICA DA LIBERDADE" como já dizia Paulo Freire


Vitor Hugo –
 Atleta da Escolinha Paralímpica CEPE
Como conclusão de um curso de Roteiro para Cinema - em 2011- que fiz para Deficientes Visuais foi o intenso ´NANOFILME:

"A Barreira Do Som, de Sylvaim Barré, 2005 " O meu interesse neste tema da cegueira vem da minha infância,onde os relatos dos tempos da Primeira República, quando meu Bisavô  Bernardino de Campos, Governante do Estado de São Paulo, teria viajado para a Alemanha tentar através de uma cirurgia oftalmológica barrar um Glaucoma que se instalava. De navio - a VAPOR - foi e voltou. Obviamente já cego. Então a AUDIODESCRIÇÃO entrou em minha vida através dos relatos familiares. Contavam que, meu avo, sentava-se com seu pai e lia todos os dias os jornais para ele.  Voltei  fazer o curso este ano de 2013. Desta vez na UNICAMP. Surpreendida emocionei-me ao saber que retornava ao TEMA no curso, já com um caminho construído  e podendo ser citado como exemplo o trabalho e o percurso percorrido através  da palestra na Livraria Cultura de Campinas com a apresentação para o evento CINEPSICÁNALISE  em  outubro de 2012. 
Abaixo com o título "ENTRE A SOMBRA E A LUZ" elaborei a audiodescrição que foi validada e lida por Bell Machado com a EXPERIÊNCIA NO ESCURO.

"Foto em branco e preto. Em primeiro plano, iluminado, um adolescente sentado numa cadeira de rodas olha para a bola e levanta uma raquete de tênis com as duas mãos. A foto foi tirada no instante em que a bola de tênis ainda está no ar para ser rebatida. Ao fundo, uma luz é projetada na parede e vemos a sombra do adolescente na cadeira de rodas com a raquete. A bola de tênis está no espaço entre a raquete e sua sombra na parede. O adolescente usa uma camiseta sem mangas e um relógio esportivo no braço esquerdo. Abaixo da foto, no canto esquerdo, está escrito:  
Fotógrafo Vanderlei Kupicki".  

Este trabalho foi realizado junto ao CEPE - CENTRO ESPORTIVO PARA PESSOAS ESPECIAIS em Joinville - Santa Catarina : www.cepe.esp.br na apresentação e bate-papo do filme VERMELHO COMO O CÉU.
1- P.S.:NOTÍCIAS da Bell Machado, hoje mestranda de Cinema s Assessora da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. -"Desta vez a parceria é com SBU / LAB Unicamp e as inscrições no curso de Audiodescrição rapidamente se esgotaram! 
Abraços a todos aqueles que lutam, juntos, pela inclusão".
http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=18123

terça-feira, 2 de abril de 2013

A TODOS QUE APOIARAM A ALDEIA MARACANÃ E O MOVIMENTO TAMOIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS



CABRAL DE 1500 A 2013

“Existe um mundo ideal. Também existe o mundo real. Saber o tempo certo entre os dois e conseguir garantir que seus ideais não sejam completamente aniquilados é o que nos torna sábios.”

Em reunião no dia 23 de março no Hospital de Curupaiti em Jacarepaguá, as etnias indígenas Pataxó, Tukano, Guarani, Puri, Apurinã, Tupinambá, Kaingáng, e Sateré-Mauwé residentes na Aldeia Maracanã desde a sua ocupação em 2006, decidiram divulgar nota à imprensa e aos diversos movimentos sociais que nos apoiaram nestes seis anos e cinco meses de resistência em defesa de um projeto indígena para o Rio de Janeiro, para informar os motivos da saída do antigo Museu do Índio, no dia 22 de março, após todas as tentativas da permanência naquela aldeia.
Importante recuperarmos como e porque foi formado o Movimento Tamoio dos Povos Originários, que planejou a ocupação do prédio na Mata Machado, antigo Museu do Índio, em 20 de outubro de 2006. Há cerca de dez anos algumas etnias já realizavam um trabalho educativo nas escolas e universidades, com o objetivo de divulgar a história dos nossos povos contada por nós, desconstruindo os conteúdos deturpados da maioria dos livros didáticos. O amadurecimento sobre tal ocupação demonstrou a necessidade de termos um espaço para ampliarmos esse trabalho, bem como estimularmos a vinda de outras etnias. Era necessário também dar visibilidade às nossas lutas, reivindicações e projetos realizados em escolas muito antes da Lei (11.645/08), que tornou obrigatória a inclusão da cultura dos indígenas nos estabelecimento de ensino. Portanto, nosso bem maior sempre foi a ampliação do projeto em curso em vários espaços neste estado. Ocupar o prédio tornou-se vital para aglutinar diversas etnias e garantir a visibilidade da cultura indígena
Várias reuniões foram feitas e a decisão de ocupar o imóvel do Antigo Museu do Índio, localizado no centro histórico de resistência Tupinambá e Tamoia contra a invasão portuguesa, foi a mais acertada. Ali estavam os espíritos de nossos antepassados e era chegada a hora de voltarmos para casa.
Organizamos o 1ª Seminário dos Povos Originários no auditório da UERJ e dali, saímos em caminhada para a Rua Mata Machado. A mãe natureza nos enviou uma chuva fina que ajudou a esvaziar as ruas do trajeto pensado, facilitando a nossa retomada, estremecida apenas pela surpresa do vigia que, assustado, apontou sua arma para nós. Dialogamos e mostramos que éramos indígenas e estávamos apenas voltando para a casa de nossos ancestrais pais.
Ao cantarmos e dançarmos, ele se acalmou e nos alojamos naquele espaço sem luz, nem água, com entulhos espalhados por toda parte, com ratos, baratas e mosquitos. A alegria de retomarmos a aldeia de nossos ancestrais nos deixou felizes, apesar das condições precárias.
A cada dia, tínhamos uma batalha a vencer e durante todos esses anos tentamos negociar o direito da posse legítima do Museu abandonado pelo poder público. Outros desafios chegaram. Por ocasião da Copa, as ameaças constantes de desocupação para transformar aquele espaço em estacionamento, nos consumiram na luta contra tal proposta absurda, prejudicando o projeto de difusão da nossa cultura.
Solicitamos audiência com o Ministério da Agricultura, pois o prédio estava sob sua responsabilidade; fizemos contatos com diversos parlamentares estaduais e federais, buscando ajuda para a negociação pretendida; buscamos apoio de universidades, antropólogos, estudiosos e todas as entidades que acreditávamos que poderiam contribuir na busca dessa negociação. Portanto, reafirmamos nossa total disposição de negociar para a continuidade dos nossos objetivos de resgate e difusão da cultura dos povos indígenas, tornando aquele Museu um Centro de Referência de nossa cultura, nesta cidade que já foi palco de outras iniciativas violentas contra nossos parentes e citamos, por exemplo, o que fez o então governador do Rio de Janeiro, Antonio Salema, quando reuniu poderoso exército com gente da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, tendo como objetivo liquidar o último bastião da "Confederação dos Tamoios". Após o cerco e a rendição da fortaleza franco-tamoia, dois franceses, um inglês e o pajé tupinambá foram enforcados; 500 guerreiros foram assassinados a sangue frio e aproximadamente 1500 índios foram escravizados. As tropas vencedoras ainda entraram pelo sertão, queimaram aldeias, mataram mais de 10.000 índios e aprisionaram outros tantos. Os sobreviventes refugiaram-se na Serra do Mar e Cabo Frio.
Destacamos, pois, os motivos que nos fizeram escolher o caminho da negociação pacífica e não o caminho que colocaria em perigo não só a perda do nosso projeto, como também o que levaria às ações violentas como as que foram utilizadas naquele dia, espelho do que tem sido as formas de violência registradas na história dos povos indígenas em nosso país, há 513 anos, que lutaram e continuam lutando pela demarcação de nossas terras, do resgate de nossa cultura, pelo direito à educação e saúde diferenciada, pelo respeito à nossa dignidade:
1- * em primeiro lugar, sempre tratamos os nossos parentes com responsabilidade e zelo e nunca aceitaríamos que eles viessem das aldeias para entrarem em confronto com a polícia, que sabemos ser truculenta, a serviço do estado. Portanto, a responsabilidade que sempre tivemos com nossos pares em garantir a integridade física daqueles que têm em nós confiança nos motivou a aceitar uma saída pacífica para todos os integrantes da Aldeia; infelizmente, parte dos indígenas decidiu ficar e resistir, sem negociação.
2- * nosso projeto tem dez anos de existência, portanto, muito mais antigo do que a ocupação do prédio do Antigo Museu do Índio e esgotadas todas as formas de negociação pelo prédio, tivemos que fazer a “Escolha de Sofia” e optamos pela continuidade do projeto em outro espaço.
3- * diante da reintegração de posse do imóvel garantida ao Governo, o Secretário de Direitos Humanos Zaqueu nos cobrou uma posição visto que desde o dia 15 de janeiro tentava uma resposta sobre a proposta enviada ao Conselho da Aldeia Maracanã, afirmando que não havia mais tempo para a continuidade da negociação. Queremos reafirmar que repudiamos a forma truculenta e desumana que fomos tratados pela Polícia Militar por determinação do governo, desrespeitando inclusive o que estava estabelecido no documento de reintegração. Exigimos retratação do senhor Secretário Municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão, que declarou na mídia seu pensamento preconceituoso e discriminatório contra os povos indígenas. Não admitimos que um Secretário de Cultura não entenda a importância do nosso movimento que primou todos esses anos em propagar a cultura indígena nas escolas inclusive do Município do Rio de Janeiro, fazendo um trabalho que deveria ser feito pela Secretaria de Cultura deste município e que nunca fez. Reafirmar nossa trajetória histórica pelo dialogo e que somos povos pacíficos. Enquanto a polícia militar nos confrontava com spray de pimenta, bombas de efeito moral, balas de borrachas e armas sônicas, o que tínhamos para nos defender eram apenas nossos maracás e nossos cantos evocando nossos ancestrais. Repudiamos toda e qualquer ação que tentou dividir as diversas etnias que por seis anos estiveram reunidas naquele espaço.
Queremos expressar a nossa emoção ao sermos recebidos de forma fraterna pelos moradores da Colônia Curupaiti, que são igualmente discriminados por terem tido hanseníase. Queremos dizer que estaremos juntos, desenvolvendo inclusive, junto com eles, um trabalho de combate a todas as formas de discriminação, mas não descansaremos até que o governo cumpra o acordo da construção da nossa Aldeia até junho deste ano.
MUKAMUKAU TAMOIO!
Assinam esta nota:
Carlos Tukano- cacique
Garapirá Pataxó-vice-cacique
Afonso Apurinã
Caio Pataxó
Dauá Puri
Dantiê Tupinambá
Elvira Sateré-Mauwé
Magangá Pataxó
Nativa Pataxó
Pacari Pataxó
Marize Guarani
Tehé Tupinambá
Vangri Kaingang

segunda-feira, 1 de abril de 2013

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO


 
Cristo Redentor ganha iluminação especial em celebração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Iluminado de Azul! É assim que os principais monumentos do Brasil ficarão entre os dias 1º e 07 de abril, em homenagem ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que é celebrado no dia 2 de abril, data decretada pela ONU – Organização das Nações Unidas, desde 2008. A ação ganha destaque pela ONG Autismo & Realidade, que marcará a data com a iluminação em azul, cor definida para o autismo, em vários prédios e monumentos importantes, entre eles a Ponte Estaiada e o Monumento das Bandeiras em São Paulo; o Cristo Redentor no Rio de Janeiro; o Prédio do Senado, em Brasília; Elevador Lacerda na Bahia; e o prédio da Justiça Federal, na Paraíba.A grande festa será em Aparecida do Norte – SP, o segundo maior templo católico do mundo fará uma comemoração especial, com a apresentação da orquestra sinfônica na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, além da iluminação azul.
Este é o sexto ano do evento mundial, que pede mais atenção ao transtorno do espectro autista. Hoje, nos Estados Unidos, estima-se que uma em cada 50 crianças é diagnosticada com autismo, fazendo com que seja mais comum que o câncer infantil, o diabetes juvenil e a AIDS pediátrica juntos. Isso não significa um crescimento da síndrome, mas sim, que cada vez mais, aumenta-se o diagnóstico precoce, trazendo possibilidades para as famílias procurarem apoio e tratamento adequdo. O Brasil ainda não possui dados sobre quantas pessoas tem autismo no País.
ONG Autismo & Realidade
Criada em Julho de 2010, a ONG Autismo & Realidade tem como principal objetivo aprofundar e divulgar conhecimento atualizado sobre o Autismo, com campanhas e atividades direcionadas a motivar e orientar as famílias na sua busca por diagnóstico correto, tratamento, educação e inclusão social da pessoa com autismo. A Autismo & Realidade atende a todas as pessoas do espectro autista, seus familiares, profissionais e entidades que necessitem de informações e conhecimento. Elas podem participar de todas as atividades promovidas pela ONG, além de obter informações pelo site www.autismoerealidade.org, incluindo acesso ao manual “Kit dos 100 dias”. A Autismo & Realidade foi autorizada pela Autism Speaks – referência em Autismo – a traduzir e adaptar o conteúdo “Autismo: Manual para as Famílias” e publicá-lo no site. O manual traz informações gerais sobre autismo que são necessárias e úteis para as famílias cujos filhos foram diagnosticados recentemente. Fundada por um grupo de pais, liderados pelo Prof. Dr. Marcos Tomanik Mercadante, a ONG Autismo & Realidade ainda luta para eliminar preconceitos, despertar interesse e boa vontade da sociedade brasileira, apoiar a formação e capacitação de profissionais e instituições para trabalhar pela pessoa com autismo, investir em pesquisas e agir para que os direitos legais das pessoas com autismo e suas famílias se apliquem corretamente.

Serviço: ONG Autismo & Realidade  www.autismoerealidade.org   Endereço: Rua Guarará, 529 – 9º andar cj. 91 – Jardim Paulista – São Paulo – SP Tel.: (11) 2389.4332 Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/